domingo, 13 de fevereiro de 2011




Diário de Anne Frank
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O Diário de Anne Frank (em alemão: Das Tagebuch der Anne Frank. em holandês, a língua do diário original: HET ACHTERHUIS - Dagboekbrieven 14 juni 1942 - 1 augustus 1944. em inglês: The Diary of a Young Girl, como dizem no livro, ou The Diary of Anne Frank, como é no filme.) é um diário escrito por Anne Frank entre 12 de junho de 1942 a 1 de agosto de 1944 durante a Segunda Guerra Mundial.
Escondida com sua família e outros judeus em Amsterdam durante a ocupação Nazista na Holanda, Anne Frank com 13 anos de idade conta em seu diário a vida deste grupo de pessoas.
Em 4 de agosto de 1944, agentes da Gestapo detém todos os ocupantes que estavam escondidos em Amsterdam e levam-nos para vários campos de concentração. No mesmo dia da prisão dos pais de Anne, entregam o diário dela para o pai Otto Heinrich Frank. Anne Frank faleceu no campo de concentração Bergen-Belsen no fim de fevereiro de 1945.
Otto foi o único dos escondidos que sobreviveu no campo de concentração. Em 1947 o pai decide publicar o diário, como Anne desejava em vida. O diário está no Instituto Holandês para a Documentação da Guerra. O Fundo Anne Frank (na Suíça) ficou como herdeiro dos direitos da obra de Anne Frank. O pai Otto Heinrich Frank faleceu em 1980.
Na apresentação à primeira edição americana do diário, Eleanor Roosevelt descreveu-o como "um dos maiores e mais sábios comentários da guerra e seu impacto no ser humano que eu jamais lí". O Soviético escritor Ilya Ehrenburg mais tarde disse: "uma voz fala para seis milhões; a voz não de uma sálvia nem um poeta, mas de uma menininha costumeira." Hillary Rodham Clinton, em sua fala para o Elie Wiesel Humanitarian Award em 1994, lê o diário de Anne Frank e o relaciona com acontecimentos contemporâneos como em Sarajevo, Somália e Ruanda.
Depois que receber um prêmio humanitário da Fundação Anne Frank em 1994, Nelson Mandela chamou uma multidão em Johannesburgo, dizendo que ele tinha lido o diário de Anne Frank enquanto estava na prisão e que o "derivou muito estímulo." Sua luta contra o nazismo e o apartheid, explicando o paralelo entre as duas filosofias: "porque estas crenças são patentemente falsas, e porque eram, e sempre serão, desafiados por gente como Anne Frank, eles estão no limite do fracasso.
Controvérsias sobre a autenticidade do diário de Anne Frank
Quando morreu, em 1980, Otto Frank deixou os manuscritos da filha para o Instituto Estatal Holandês para Documentação de Guerra, em Amsterdã. Como a autenticidade do diário fora questionada desde a sua primeira publicação, principalmente pelo revisionista francês Robert Faurisson (autor de Le Journal d'Anne Frank est-il authentique?, de 1980), o Instituto para Documentação de Guerra ordenou uma investigação total. Assim que foi dado como autêntico, sem qualquer sombra de dúvida, o diário foi publicado em sua totalidade, juntamente com os resultados de um estudo exaustivo, artigos sobre o passado da família Frank, as circunstâncias relativas à sua prisão e deportação e o exame da caligrafia de Anne, do documento e dos materiais usados.[1] As alegações segundo as quais diversas páginas do diário teriam sido escritas (após a guerra ou não) por outra(s) pessoa(s), encontraram assim uma refutação decisiva.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O fim de Anne Frank

No dia 14 de agosto de 1944 a Polícia de Segurança Alemã, acompanhada por alguns holandeses nazistas, deu uma batida no escritório geral, obrigando Kraler a revelar a entrada para o anexo secreto. Todos os seus ocupantes, assim como Kraler e Koophuis, foram presos. No dia 3 de setembro, os prisioneiros judeus, após um peíodo em Westerbork ( o principal campo de concentração alemão na Holanda), foram enviados, amontoados em vagões de gado, para Auschwitz, o mais famoso centro de exterminação, na Polônia ocupada. (Kraler e Koophuis ficaram em campos de concentração holandeses durante alguns meses, antes de serem libertados.

O anexo secreto foi saqueado e destruído durante a batida policial. Alguns dias depois, misturados aos jornais velhos e lixo espalhados pelo chão, um limpador encontrou os cadernos onde Anne escrevera seu diário. Não sabendo do que se tratava, entregou-os a Miep e Elli. As duas moças, durante um severo interrogatório alemão a que foram submetidas, negaram terminantemente sua ajuda ao pequeno grupo judeu, e assim foram liberadas e salvas. Tendo guardado cuidadosamente o diário de Anne, entregaram-no a seu pai, Otto Frank, na sua volta, após o término da guerra.

Enquanto isso, os mais velhos do grupo adoeciam sob as terríveis condições de vida em Auschwitz. Van Daan foi mandado para a câmara de gás. Otto Frank escapou por um verdadeiro milagre, pois tinha sido enviado para um campo-hospital em novembro, e ali se encontrava ainda quando o campo foi libertado pelas forças soviéticas em 27 de janeiro de 1945. Juntamente com alguns poucos sobreviventes, ele foi removido para a Galícia e finalmente chegou ao porto de Odessa, no Mar Negro, onde um navio neozelandês o conduziu de volta à Europa Oriental. Os outros prisioneiros do campo, cerca de onze mil, foram evacuados pelos alemães, à medida que os russos avançavam. Entre eles estava Peter van Daan, de quem nunca mais se teve notícia.

A caminho de Odessa, Otto Frank soube por um amigo holandês que sua mulher morrera a 5 de janeiro.

Quanto às duas meninas, foram enviadas para Bergen-Belsen, na Alemanha, dois meses após a morte da mãe. Ali Anne mostrou as mesmas qualidades de coragem e paciência na adversidade que a haviam caracterizado em Auschwitz. Em fevereiro de 1945, as duas irmãs contraíram tifo. Um dia, Margot, deitada numa enxerga ao lado da irmã, tentou levantar-se, mas, enfraquecida, caiu no chão. No seu estado de doença e fraqueza, o choque foi mortal. A morte da irmã fez a Anne o que nada até então conseguira fazer; quebrantar seu espírito. Alguns dias depois, em princípio de março, Anne morreu.

Epílogo da edição publicada pelo Círculo do Livro.